A CAMINHO DAS OCAS: AÇÕES DE PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA AS
DST/AIDS À POPULAÇÃO INDÍGENA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Autor: VELTRI, Marcos;
FERREIRA, Elza Maria; CISOTTO, Carla
Instituição: Programa
Municipal de DST/aids; Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria
Municipal de Saúde, Programa Municipal de DST/aids; Prefeitura do Município de
São Paulo, Secretaria Municipal de Saúde, Área Técnica de Saúde da População
Indígena
UF: SP
Email: mveltri@prefeitura.sp.gov.br
Categoria: Prevenção com populações indígenas
Resumo
Introdução:Na II
Conferência Municipal DST/aids da cidade de São
Paulo - 2005,
foi deliberada a implementação das
ações de
prevenção e
assistência as DST/aids a segmentos específicos,
dentre os quais a
indígena.
Objetivos:Construir
com lideranças indígenas, FUNASA/MS e
representantes dos
setores da Secretaria Municipal de Saúde -
SMS/SP: Área Técnica
de Saúde da População Indígena, UBS e CTA,
a proposta de
prevenção e assistência as DST/aids e redução de
danos.
Método:O Programa
Municipal de DST/aids iniciou um diagnóstico
situacional para
conhecer as condições da atenção à saúde nas três
aldeias do
município. Iniciamos a ação pela aldeia Jaraguá, zona
norte, tendo em
vista a proximidade com o CTA local (Pirituba). O
primeiro cuidado
foi conhecer as práticas produzidas pelos índios em
relação aos
cuidados de saúde e também apreender os códigos que
possibilitam o
estabelecimento das relações de confiança entre o
povo guarani e nós.
Resultados:Em
reunião realizada na aldeia Jaraguá com a presença
da Cacique,
representantes da SMS/SP e outros índios pode-se,
primeiramente,
observar um número expressivo de crianças, as
quais correspondem
a 50% da população; aprendemos que para os
guaranis não existe
adolescência, pois a partir do momento em que
se adquire a
capacidade reprodutiva e tem-se o início da vida sexual
a criança passa a
pertencer ao mundo adulto. Por fim, pudemos
constatar a
preocupação e o interesse quanto à "Prevenção e
assistência as
DST/aids", sendo por eles sugerido a produção de um
vídeo em guarani
sobre o tema, bem como o envolvimento dos
professores
indígenas do ensino fundamental nas ações de
prevenção.
Conclusão:Construir
um projeto de prevenção as DST/aids e a
saúde sexual e
reprodutiva das populações indígenas aldeadas exige
primeiramente
considerar a necessidade de articular o setor saúde,
respeitar os conhecimentos
historicamente produzidos pelos índios
e a capacidade de
escolha e decisão destes povos.